Invisível íntimo ( escrita automática)

"No mundo cinza, negrume lapso verde cinza, tão cinza quanto o medo sobre a sobra que o mundo imagina, pergunto:

De quem é?
Para quem é? Sol, Terra e nada mais me é caro, raro, sarro, sadismo;
sou tão pérfido quanto o iluminismo, e aí o medo que outrora abraçara-me na morada silenciosa agora jazia mágica nesse lápis de sangue, tormentas, trombetas, a morte não anuncia o mito da clareza, ela torna real e físico o labirinto do medo; tão cedo, quero gemer minha angústia faminta, inacabada, a fome do servo sem senhor, do escravo sem chibatas, do índio sem padre, do operário sem ponto; o medo e a fome de não ter medo; apenas acrescento a estes rabiscos meu mito  de não temer o invisível”

Ari Mascarenhas - Itapecerica da Serra - 2013

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