Morrendo de Amor


Certo!
Quer falar de amor?
Quer falar do ser?
E ser o que o amor deseja?

Certo!
Façamos!

Digo que vivi grandes paixões
Que viraram grandes tolices

E as paixões, travestidas de amor, fecundaram grande angústia quando se revelaram passageiras.
Sozinho, toda vez que um verão passava, eu me perguntava: Isso foi amor?

Meu ingênuo coração triste, minha frágil existência se contorcia a cada canção que lembrava os beijos dela.

De íntimo ferido entregava-me a cada crepúsculo;
E sorvia dentro de mim um prazer amargo, bílis.
Matando-me diariamente.
Até o dia em que um adulto me disse: - Você cresceu meu menino!
E hoje, sério e racional com as coisas do coração,
Sinto tanta falta do tempo em que qualquer paixão, por menor que fosse, me fazia morrer de amor.



Ari Mascarenhas                                                     

2 comentários:

  1. Muito lindo e muito triste.
    Parabéns pelo talento de sempre e pela habilidade com as palavras.
    Aproveite as paixões, você se da bem com "elas".

    ResponderExcluir
  2. Obrigado Cinthia.
    A efemeridade da vida se configura em momentos e memórias.
    Para se ter boas memórias, são necessários bons momentos.
    E os melhores momentos são aqueles que vivemos intensamente, independente de sua duração.

    ResponderExcluir

Para fazer seu comentário, por gentileza, deixe seu nome seu e-mail. Dê sua opinião sobre os temas e, ou, o blog. Muito Obrigado!