Soneto de Aproximação

Em um sítio de constante lavor,
onde forma a opressão operária,
desce, incandescente, o lívido amor!
Feixe leve, que sob a brisa se espalha.

Iluminado, envolvido, agora fico,
e pouco vejo, além de seu olhar.
Nas dependências físicas onde existo,
sinto meu corpo, levemente, levitar.

E, com calma, posto-me de aproximado.
Ante o espanto que me deixara alerta,
dirijo-me à musa com desejo e cuidado.

Precavi-me, não convencido de decisão certa
Mais por medo de por ti ser machucado
Por seu envolto perfume e encanto de Roberta.


Ari Mascarenhas

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