Fruto Vermelho

O que dizer de mais um livro de poesias lançado no mercado? Por mais que ele contenha outros gêneros (crônica, contos...). O que dizer de Fruto Vermelho?

O livro traz em sua essência crenças e percepções. Até aí, nada de novo.

A poesia permite o grito calado, antagônico em sua essência, sutil em seu efeito, mas preciso.

Quando comecei a organizar meus escritos, pensei que jamais acabaria. Não pela quantidade, mas pela importância que estes escritos tinham para mim. São textos que revelam um estado cíclico, puro e sem máscaras. Precisei escolher alguns e com isso, percebi o quanto eu havia gritado com tintas de esferográficas baratas em papéis diversos. Notei , que por muito mais tempo do que imaginava, manifestei cada cena, cada experiência e visão de coisas que julguei importante e de algumas que permiti que fossem importantes para mim.

O que tenho a dizer sobre este livro de poesias é que: - este é um livro humano. Um trabalho que desenha em sua imanência e explica em sua iminência em vocábulos simples e virtuais.

Cada poesia tem o seu momento e cada momento tem o seu registro... Poético. As poesias escritas e desenhadas são intertextuais no que se refere a sua construção e sua leitura, comunicação que ultrapassa os limites da escrita, transformando uma simples acentuação em um infinito universo de sentidos. Diferentemente do Mestre Caeiro, que sentia para escrever, este é um livro que escrevi para sentir.

Desejo que todos os meus leitores “sintam” ao lerem estes textos tudo aquilo que sua interpretação ou captação de mensagem permitir.

Ari Mascarenhas