A família, na essência de sua estrutura, inicia-se na união de um casal que funde seus projetos e desenham um cartesianismo comum a fim de construir a seqüência de uma geração. Filhos podem surgir na ausência diária de pais e mães, mas certamente se surgirem dentro desta constituição que sugere uma estabilidade estrutural maior, poderão ter mais chances nas elaborações de seus projetos à longo prazo e assim terem em seus objetivos sociais a constituição de famílias geradas pelo casamento.
Ou seja, o casamento verdadeiro, não o institucional, quando vivido de maneira consciente e respeitosa pelo casal, serve de uma base sólida para a edificação dos sonhos dos filhos, conseqüentemente, na construção de um futuro previsível, logo, menos caótico.
O poema “ Quase teorizei” do livro Fruto Vermelho, reflete um pouco dessa esperança estrutural que o casamento oferece aos candidatos ao litígio.No poema, existe uma preocupação em racionalizar esse momento que, no cotidiano, saltou do campo dos sentimentos, para o satírico e por fim para o temor.

O casamento é um ato social que deve ter seu objetivo compreendido antecipadamente, pois se trata de uma ação diária que requer comprometimento e projeto, e que não deve ser jogado. As relações de um casal, unidos em matrimônio ( insisto- não institucional) não pode ser encarada como um jogo, uma disputa, uma competição; mas sim como, bem representado pelo anel, uma aliança entre dois seres dispostos a superar as dificuldades e comemorar as conquistas.
Com pouca capacidade de construção
acordei querendo catalisar
concepções comuns
acerca do casamento.
Querendo conquistar meu interlocutor
calculei os vocábulos em busca de um conceito.
Concreto.
E eis a conclusão!!!

Que a constituição de cotidianos cenóbitos
se concentrem em coerentes caminhos
“equacionados”.
Com riscos calculados.
“Calefados” em cápsulas de consentimento
companheirismo e corpos carinhosos
In Fruto vermelho: Arte, sentimentos e sociologia nas reflexões de um jovem brasileiro. Pag. 113 Ed Baraúna – São Paulo-2008
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